Caso Beatriz: Justiça nega pedido de escola para retirada de outdoors sobre o crime

A falta de solução do caso da menina Beatriz vem causando repercussão. Na manhã de hoje, nossa equipe teve acesso a um texto de um processo do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora contra a Empresa OUT-DOOR REPRESENTAÇÕES E ASSESSORIA DE CRÉDITO LTDA. A empresa atendeu a contratação de um grupo organizado pela sociedade para divulgar o disque denúncia e não deixar o caso da menina Beatriz cair no esquecimento.

Os cartazes foram espalhados pelas cidades de Petrolina e Juazeiro. No conteúdo, tem a foto da criança, assassinada em uma festa, e a escola, local em que o crime aconteceu como plano de fundo.  A escola entrou com um pedido para a ‘retirada de todos os cartazes que possuam a fachada do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, assim como, o seu nome, sob pena de multa’.

No texto, a decisão do Juiz  afirma que nos "Outdoors não há qualquer menção negativa ao estabelecimento de ensino/autor. Neles, constam apenas: A FOTO DA CRIANÇA QUE FORA MORTA, E AS FRASES: E SE FOSSE SEU FILHO? VÃO ESPERAR UMA PRÓXIMA VITIMA? Ao fundo, uma imagem não muito legível, do aludido Colégio. Não é demais lembrar, que, o terrível e brutal crime de homicídio que vitimou a criança Beatriz Mota, se deu dentro das dependências do referido Colégio; consequência lógica, pois, a associação do fato criminoso, ao local de sua ocorrência. Não vislumbro, destarte, neste estágio inicial do processo, nem a oportunidade, nem o cabimento da concessão da tutela perseguida”

O texto ainda ressalta o sentimento presente na sociedade. “O sentimento dominante, e que tem se mostrado presente em toda à comunidade petrolineses, desde o acontecimento do hediondo crime, é de compaixão aos pais e familiares da criança Beatriz, atrelado, este sentimento, a uma vontade flagrante de elucidação e responsabilização criminal do(s) culpado(s). A alegação de que, "a veiculação da imagem do Colégio, sem a devida autorização do seu corpo diretivo, fere a direito essencial/subjetivo", em verdade, não se sustenta em bases sólidas, diante da forte presunção de que a morte da menor Beatriz ocorrera dentro das dependências do multicitado Colégio. Este fato grave, é que produziu, sim, abalo significativo à imagem do Colégio.”, argumentou o Juiz. O processo foi em abril, mas só agora foi divulgado.

A integrante do grupo ‘ Beatriz clama por Justiça’, Andrea  Poschi, falou sobre o sentimento após a divulgação do processo. “Estou aqui, tipo paralisada. Sem conseguir refletir sobre tamanha monstruosidade. Se acharem no direito de processar alguém que só foi prejudicado, teve suas vidas esfaceladas. É demais para mim”, destacou.

A manifestante, Gloria Xavier classificou como um absurdo. “O único objetivo  deles é preservar a imagem da escola. É realmente  muita crueldade. Em uma situação triste dessa ainda terem coragem de tentar processar os pais.  Muita frieza e maldade.”, declarou.

Vale ressaltar que a campanha foi feita pela sociedade e com dinheiro de doações.




Redação vejalogo

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Feito por: Bruno Alexandre Web -