Presidente deve
embarcar nesta quinta-feira (21) para evento da ONU em NY.
Políticos da oposição criticam viagem: é 'desespero' e 'erro grave', dizem.
A presidente Dilma Rousseff deve
embarcar nesta quinta-feira (21) para Nova York (EUA) para participar, na sede
da Organização das Nações Unidas (ONU), da cerimônia de assinatura do acordo
elaborado no ano passado, em Paris, sobre mudança do clima.
Segundo o G1 , em seu discurso de cinco
minutos diante dos chefes de Estado mundiais, ela planeja falar sobre o
processo de impeachment que enfrenta no Congresso Nacional e denunciar que é
vítima de um “golpe parlamentar”.
No período em que a presidente
estiver no exterior, o vice-presidente Michel Temer assumirá interinamente a
Presidência. Segundo a assessoria da Vice-presidência, Temer pretende
permanecer em São Paulo durante o período em que Dilma estiver nos Estados
Unidos.
Desde que o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu o pedido de impeachment, em dezembro do ano
passado, Dilma e aliados passaram a defender que a petista é alvo de uma
tentativa de "golpe" porque, segundo eles, não há caracterização de
um crime de responsabilidade.
Ela vai tentar explicar o inexplicável, tentar
sensibilizar fóruns internacionais que não a conhecem. Como se o impeachment
não estivesse previsto na Constituição"
José Agripino Maia (RN), senador e presidente nacional do DEM
Oposição critica
Em nota, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), classificou de "desespero" os planos da presidente de denunciar um suposto "golpe" durante seu discurso no evento da ONU.
"Acho curioso. Aqui, ela
[Dilma] não consegue falar porque quando fala os protestos com panelaço ou com
apupo são ato contínuo", ironizou o senador oposicionista. "Ela vai
tentar explicar o inexplicável, tentar sensibilizar fóruns internacionais que
não a conhecem. Como se o impeachment não estivesse previsto na Constituição",
complementou Agripino.]
O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), também criticou a tese de "golpe" que a presidente
pretende levar à sessão da ONU, em Nova York. “Primeiro, meu respeito pela
presidente, inclusive, e pela instituição, da presidência. O que eu sempre
defendi? Investigação, investigação, investigação, e cumprimento da
Constituição. A Constituição está sendo rigorosamente cumprida", disse.
O PT não pode falar em golpe, porque o PT entrou de
impeachment contra o Collor. Um pedido de impeachment contra o Itamar. Um
pedido de impeachment contra o Fernando Henrique, um e dois. Só não entrou com
o Lula e a Dilma porque eles são do PT. Agora é golpe."
G1
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